A Crise dos Mísseis de 1962 gerou no mundo um
enorme estado de tensão por causa das ameaças feitas entre os Estados
Unidos e a União Soviética, as duas grandes potências à época. O
episódio envolveu armamento nuclear e deixou a humanidade perto de uma nova guerra mundial.
A Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Estados Unidos e pela União Soviética, entretanto passaram a ocupar lados opostos ideologicamente no mundo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial teve então início a Guerra Fria,
a qual colocava de um lado os seguidores da ideologia capitalista dos
Estados Unidos e de outro lado os seguidores da ideologia socialista da
União Soviética. O armamento das duas potências mundiais era enorme e
altamente destruidor, o que impedia um confronto direto entre elas.
Em 1962, um evento chamou atenção do mundo bipolarizado e atentou a
humanidade para a possibilidade de uma nova guerra de proporções
arrasadoras. No ano anterior os Estados Unidos instalaram mísseis
nucleares na Turquia,
a atitude gerou desagrado nos soviéticos. A existência de uma base
nuclear em tal região causava preocupação aos soviéticos pela
possibilidade de um ataque através de uma posição muito privilegiada. Os
Estados Unidos tentaram ainda invadir Cuba, ilha da América Central com afinidades com o regime socialista.
A Crise dos Mísseis de Cuba soou o alarme
no mundo para uma nova guerra durante treze dias, sendo um dos momentos
de maior tensão durante a Guerra Fria. A Crise dos Mísseis de Cuba é conhecida pelos russos como Crise Caribenha e pelos cubanos como Crise de Outubro.
Os dias de tensão fizeram a população americana correr na construção
de abrigos pela possibilidade de uma guerra nuclear. A situação era
aguda, ambas as potências possuíam armamento nuclear em grande
quantidade e a ocorrência de ataques seria capaz de destruir
completamente o inimigo e até mesmo a população do planeta.
Após o delicado período de negociações, no dia 28 de outubro, Nikita
Kruschev conseguiu secretamente fazer com que os Estados Unidos
retirassem seus mísseis da Turquia, tendo em contrapartida a retirada
dos mísseis soviéticos de Cuba. O evento, embora alarmante, foi
importante para lembrar ao mundo a capacidade de destruição que as armas nucleares possuem, o que levou no ano seguinte, em 1963, à assinatura de um acordo firmado entre Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha proibindo os testes nucleares na atmosfera, no alto-mar e no espaço. Alguns anos mais tarde, em 1968, a medida foi ampliada e 60 países assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
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