A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E ÁSIA
Causas da descolonização
A
descolonização da Ásia e da África está relacionada com a decadência da
Europa, motivada pela Primeira Guerra Mundial, pela crise de 1929 e
Segunda Guerra Mundial.
Outro fator será o despertar do sentimento nacionalista na Ásia e na África,impulsionado pela decadência da Europa e pela Carta da ONU, que, em 1945, reconheceu o direito dos povos colonizados à autodeterminação. O ponto máximo do nacionalismo será a Conferência de Bandung (1955), ocorrida na Indonésia que estimulou as lutas pela independência.
A guerra fria
e a polarização entre EUA (capitalismo) e a URSS (socialismo) também
contribuiu para o fim dos impérios coloniais. Cada uma das
superpotências via na descolonização uma oportunidade de ampliar suas
influências políticas e econômicas.
A Descolonização da Ásia:O processo de independência das áreas coloniais asiáticas foi por meio da guerra ou pacífica.
Independência da Índia:O processo de independência da Índia teve seu início na década de 1920, através do Partido do Congresso, sob a liderança de Mahatma Gandhi e Jawarhalal Nerhu. A campanha de Gandhi foi caracterizada pela desobediência civil, não-violência e resistência passiva. Em 1947, os ingleses reconheceram a independência da Índia. Em face das rivalidades religiosas o território foi dividido: a maioria hinduísta, governada por Nerhu formará a União Indiana; a parte islâmica, governada
por Ali Junnah, formará o Paquistão. Em 1971 o Paquistão Oriental proclama sua independência do Paquistão Ocidental, surgindo a República do Bangladesh.
por Ali Junnah, formará o Paquistão. Em 1971 o Paquistão Oriental proclama sua independência do Paquistão Ocidental, surgindo a República do Bangladesh.
independência da Indonésia:
O movimento de independência da Indonésia foi conduzido por Sukarno. A
luta estendeu-se até 1949, quando a Holanda reconheceu a independência.
Independência da Indochina: No ano de 1941, como resistência a ocupação japonesa, formou-se um movimento nacionalista – Vietminh – dirigido por Ho Chi Minh.
Após a derrota japonesa na guerra foi proclamada a independência da
República Democrática do Vietnã ( parte norte). Os franceses não
reconheceram a independência e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a
Indochina, tendo início a Guerra da Indochina. Em 1954, na Conferência de Genebra foi reconhecida a independência da Indochina,
dividida em Laos, Camboja e Vietnã (parte norte e parte sul). A mesma conferência estabeleceu que o paralelo 17 dividiria o Vietnã. Em 1956 formou-se a Frente de Libertação Nacional, contra o governo de Ngo Dinh Diem – apoiado pelos EUA. A Frente contou com o apoio do Vietcong (exército guerrilheiro). O cancelamento das eleições de 1960 deu início à guerra do Vietnã. O Vietcong contou com o apoio do Vietnã do Norte, e o governo de Ngo Dinh Diem dos EUA. A guerra perdurou até 1975, quando os Estados Unidos retiraram-se da região.
dividida em Laos, Camboja e Vietnã (parte norte e parte sul). A mesma conferência estabeleceu que o paralelo 17 dividiria o Vietnã. Em 1956 formou-se a Frente de Libertação Nacional, contra o governo de Ngo Dinh Diem – apoiado pelos EUA. A Frente contou com o apoio do Vietcong (exército guerrilheiro). O cancelamento das eleições de 1960 deu início à guerra do Vietnã. O Vietcong contou com o apoio do Vietnã do Norte, e o governo de Ngo Dinh Diem dos EUA. A guerra perdurou até 1975, quando os Estados Unidos retiraram-se da região.
A Descolonização da África.
Independência do Egito: O Egito era um protetorado inglês ( a região possuía autonomia,
supervisionada pela Inglaterra). O domínio inglês terminou em 1936, porém o canal de Suez continuou sob controle britânico.
supervisionada pela Inglaterra). O domínio inglês terminou em 1936, porém o canal de Suez continuou sob controle britânico.
Independência da Argélia: O
movimento nacionalista argelino começou em 1945. Liderada por
muçulmanos este movimento inicial foi reprimido. As manifestações
intensificaram-se após a fundação da Frente Nacional de Libertação –
influenciada pelo fundamentalismo islâmico. A guerra de independência
começou em 1954. Em 1957 ocorreu a Batalha de Argel – duramente
reprimida pelo exército francês. No ano de 1962 houve a assinatura do
acordo de Evian, ocorrendo o reconhecimento da
independência argelina.
independência argelina.
O fim do império colonial português: Durante a década de 1950 começaram a se organizar movimentos
separatistas em Angola, Moçambique e Guiné portuguesa.
Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA),
sob a liderança de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a FrenteNacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a
separatistas em Angola, Moçambique e Guiné portuguesa.
Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA),
sob a liderança de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a FrenteNacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA):Após
a independência de Angola, mediante o Acordo de Alvor em 1975, otrês
grupos acima iniciaram uma guerra civil, na disputa pelo poder. A independência de Moçambique
foi patrocinada pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique),
tendo como líder Samora Machel – que em 1960 iniciou um movimento de
guerrilha. Portugal reconheceu a independência em 1975. No ano de 1956,
Amílcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC). No ano de 1974 foireconhecida a independência da Guiné; em
1975 do Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Um importante fato que
contribuiu para o fim do império colonial português
foi a Revolução dos Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime fascista (imposto por Oliveira Salazar e continuado por Américo Tomás e seu primeiro-ministro Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal não ofereceu resistência para o reconhecimento da independência das colônias.
foi a Revolução dos Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime fascista (imposto por Oliveira Salazar e continuado por Américo Tomás e seu primeiro-ministro Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal não ofereceu resistência para o reconhecimento da independência das colônias.
As consequências da descolonização:
o surgimento de novos países que, ao lado das nações latino
americanas, formaram o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependência dos países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de países socialistas (Segundo Mundo). A dependência deste bloco será responsável pela concentração de renda nos países ricos e pelo crescente endividamento externo dos países subdesenvolvidos, apresentando sérios problemas de saúde, educação, desnutrição, entre outros.
o surgimento de novos países que, ao lado das nações latino
americanas, formaram o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependência dos países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de países socialistas (Segundo Mundo). A dependência deste bloco será responsável pela concentração de renda nos países ricos e pelo crescente endividamento externo dos países subdesenvolvidos, apresentando sérios problemas de saúde, educação, desnutrição, entre outros.
QUESTÕES
1. (Mackenzie) "Cremos como verdades evidentes, por
si próprias, que todos os homens nasceram iguais, que receberam do seu Criador
alguns direitos inalienáveis; que entre esses direitos estão a vida, a
liberdade e a procura da felicidade; que é para assegurar esses direitos que os
Governos foram instituídos..."
(Declaração
de Independência dos EUA - 04.07.1776).
Esta declaração inspirou-se nos ideais do:
a) Neoliberalismo.
b) Absolutismo.
c) Iluminismo.
d) Positivismo.
e) Estoicismo.
2. (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto em
Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens
surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade
não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto
Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o
resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento
político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de
Bandung.
b) declínio dos
nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das
guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as
características culturais do continente.
d) fim da dependência
econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a
década de 50.
e) difusão da
industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades
sociais.
3. (Cesgranrio) "A Conferência está de acordo em
declarar que o colonialismo, em todas as suas manifestações, é um mal a que
deve ser posto fim imediatamente."
(DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril
de 1955)
Após a Segunda Guerra Mundial, a dominação ocidental no
continente asiático e no continente africano foi contestada por movimentos
locais de confronto com as nações imperialistas, em prol da independência e da
autodeterminação dos povos desses continentes. Dentre os fatores que
possibilitaram o processo de descolonização afro-asiático, NÃO podemos apontar
a(o):
a) influência da
doutrina socialista, principalmente nas áreas coloniais que sofreram
transformações revolucionárias, tais como o Vietnã e Angola.
b) transferência para
as áreas coloniais de uma ideologia humanista e antinacionalista, expressa na
organização doutrinária do Bloco dos Não-Alinhados.
c) deslocamento dos
centros hegemônicos das decisões políticas internacionais da Europa para os EUA
e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento
das potências coloniais européias provocado por sua participação na Segunda
Guerra Mundial.
e) fim do mito da
inferioridade dos povos afro-asiáticos, em virtude das vitórias japonesas
contra os ocidentais na guerra do Pacífico.
4. (Fatec) A descolonização do Oriente Médio enfrentou
sérias dificuldades decorrentes, entre outras razões, das arbitrariedades
cometidas na demarcação dos territórios de cada uma das novas nações. Esse
procedimento, ao tentar solucionar os problemas dos ex-dominadores, dividiu
grupos tradicionais, tirando-lhes regiões ricas ou estratégicas, colocando, com
isso, os nascentes Estados em rivalidade permanente e levando, algumas vezes,
ao surgimento de guerras como a Guerra dos Seis Dias (1967).
Esse conflito trouxe como principal problema para aquela
região:
a) o boicote
petrolífero determinado pela OPEP contra os países do Ocidente.
b) a guerra civil no
Líbano após a queda de Nasser no Egito.
c) a ocupação por
Israel de vários territórios árabes, principalmente a margem ocidental do rio
Jordão.
d) a
internacionalização de Jerusalém e a ocupação israelense em Golan.
e) o fechamento do
Canal de Suez e a ocupação egípcia da região do Sinai.
5. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na Indonésia,
reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo.
Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o
Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos
liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise
do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam
sofrendo as conseqüências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do
processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas
defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de
esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra
do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de
desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que
valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a
educação.
e) marco no movimento
descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação
racial e a corrida armamentista.
6. (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como
a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito
em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse
estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças
ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os
defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância
religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos
nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves
problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao
perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do
colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as
características das sociedades locais.
e) às potências
ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com
que os governos locais beneficiem-se do caos.
7. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos
flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente
todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este
quadro trágico decorre:
a) de fatores
conjunturais que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo, uma vez que a
dominação colonial européia se encerrou logo após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de
um fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas interno ao
continente, que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da
maioria dos países africanos na economia mundial como fornecedores de
matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de
um fator estrutural, externo ao continente, a espoliação imposta e mantida pelo
Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança
combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação de
micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formas de associação bem
como de construir novas.
8. (Fuvest) As resistências à descolonização da Argélia
derivaram essencialmente:
a) da reação de
setores políticos conservadores na França, associados aos franceses que viviam
na Argélia.
b) da pressão das
grandes potências que temiam a implantação do fundamentalismo islâmico na
região.
c) da iniciativa dos
Estados Unidos que pressionaram a França a manter a colônia a qualquer preço.
d) da ação pessoal do
general De Gaulle que se opunha aos projetos hegemônicos dos Estados Unidos.
e) da atitude da
França que desejava expandir suas colônias, após a Segunda Guerra Mundial.
9. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao
processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau
os últimos países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se
explica
a) pela ausência de
movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos
líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da
dominação lusitana baseada no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos
políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela
intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de
1974.
10. (Fuvest) Na década de 1950, dois países islâmicos tomaram
decisões importantes: em 1951, o governo iraniano de Mossadegh decreta a
nacionalização do petróleo; em 1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia a
nacionalização do canal de Suez. Esses fatos estão associados
a) às lutas dos
países islâmicos para se livrarem da dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos
países árabes contra o domínio militar norte-americano na região.
c) à política
nacionalista do Irã e do Egito decorrente de uma concepção religiosa
fundamentalista.
d) aos acordos dos países
árabes com o bloco soviético, visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de
um Estado unificado, controlado por religiosos islâmicos sunitas.
11. (Puc-rio) As lutas pela descolonização transformaram
profundamente o mapa político mundial na segunda metade do século XX. As
alternativas abaixo relacionam características importantes dos Estados
nacionais surgidos na África e Ásia ao longo desse período, com EXCEÇÃO de uma.
Qual?
a) A maioria dos
novos Estados nacionais adotou sistemas políticos e modelos de governo
ocidentais inspirados nas experiências de suas metrópoles.
b) Os Estados
recém-constituídos conseguiram construir uma identidade política sólida, o que
permitiu a organização do movimento dos países "não-alinhados", em
Bandung, na Indonésia.
c) Na maioria dos
novos países, coube ao Estado tomar para si as tarefas de modernização e
crescimento econômico com o objetivo de promover o desenvolvimento nacional.
d) Nos países em que
a independência se realizou por meio de revoluções sociais, os novos Estados
tenderam para o modelo soviético.
e) Nos processos de
independência conseguidos através de guerras contra as antigas metrópoles, os
exércitos nacionais e suas lideranças acabaram por desempenhar um papel de
destaque na política nacional dos novos Estados.
12. (Pucmg) Na segunda metade do século XX, após décadas
de dominação européia, os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos
Estados Africanos hoje, EXCETO:
a) o domínio exercido
por uma elite africana em lugar do antigo dominador.
b) o falso
desenvolvimento econômico realizado em proveito do capital externo.
c) a independência
formal associada à manutenção do domínio de "tipo colonial".
d) a solidariedade
dos povos negros em luta contra os resíduos da europeização.
e) a tendência
autoritária e violenta dos pequenos Estados recém-formados.
13. (Pucsp) "A economia dos países africanos
caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação,
constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda,
mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza
e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma
escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila
Leite Hernandez. "A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro
Edições, 2005, p. 615.
O fragmento caracteriza a atual situação geral dos países
africanos que obtiveram sua independência na segunda metade do século XX. Sobre
tal caracterização pode-se afirmar que:
a) deriva sobretudo
da falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impede o
desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio
internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da
precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de
experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da
corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos.
c) deriva sobretudo
das dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não
conseguiram romper totalmente, após a independência, com os sistemas
econômicos, culturais e político-administrativos das antigas metrópoles.
d) é resultado
exclusivo da globalização econômica, que submeteu as economias dos países
pobres às dos países ricos, visando à exploração econômica direta e
estabelecendo a hegemonia norte-americana sobre todo o planeta.
e) deriva sobretudo
do desperdício provocado pelas guerras internas no continente africano, que
tiveram sua origem no período anterior à colonização européia e se reacenderam
em meio às lutas de independência e ao processo de formação nacional.
14. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos
últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total
mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por
motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le
Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das
raízes históricas desses conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos
portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros
reinos existentes
b) a Guerra Fria,
que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de
guerras localizadas
c) o Imperialismo,
que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes,
anulou direitos de conquista
d) o processo de
descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu,
desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades
15. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas
manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa reinvidicação, expressa na
Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados
a) na Carta das
Nações Unidas e Declaração dos Direitos do Homem.
b) na Encíclica
"Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II.
c) na estratégia
revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do
Efeito Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de
revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.
16. (Ufrn) Em relação ao processo de descolonização
afro-asiático, é correto afirmar:
a) As potências
européias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram recursos na
luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das
Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países condenavam o
neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria
dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e americanos,
que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na África e na
Ásia.
d) As nações que
optaram por guerra e luta armada foram as únicas que conquistaram independência
e autonomia política frente à dominação dos países europeus.
17. (Ufv) O vasto império colonial português na África,
cujas origens se encontram na expansão ultramarina no século XV, começou a ruir
a partir da década de 50 do século XX, quando suas colônias iniciam as lutas
pela independência. Esse processo estava associado ao fim do Imperialismo e do
Colonialismo, com a emancipação das colônias européias na África e na Ásia.
Dentre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO está diretamente associada ao
fim do Imperialismo e do Colonialismo. afro-asiático:
a) A ampliação do
poder econômico e político dos Estados Unidos e da União Soviética.
b) As transformações
políticas, econômicas, sociais e ideológicas causadas pela Segunda Grande
Guerra.
c) A ampliação dos
movimentos de caráter nacionalista.
d) O declínio da
hegemonia européia iniciado na Primeira Guerra Mundial.
e) As pressões da
China comunista pela ampliação de sua área de influência na Ásia e na África
ocidental.
18. (Unesp) A Inglaterra, detentora do mais rico e
poderoso império marítimo, chegou ao auge de sua supremacia no Século XIX. A
decadência do Império Britânico e o processo de descolonização nas colônias
oriundas de povoamento inglês, relacionam-se com
a) a educação
política veiculada pelos dominadores, procurando desenvolver a consciência
antiimperialista dos dominados.
b) a transformação de
alguns domínios em comunidades autônomas e iguais, não subordinadas umas às
outras, embora unidas por uma fidelidade comum à Coroa Britânica e livremente
associadas.
c) o controle
administrativo direto das terras árabes, segundo fundamentos filantrópicos e
zelo missionário.
d) o prolongado
governo pela força e sem nenhum grau de autonomia dos domínios do Canadá,
Austrália e Nova Zelândia.
e) a transferência de
tecnologia para os domínios da África e da Ásia, a fim de assegurar imediata
independência econômica.
19. (Unirio) A descolonização do continente africano, a
partir de 1950, libertou nações do imperialismo. Entretanto, não solucionou os
problemas estruturais de diversos países do continente. Sobre os países
africanos descolonizados, é correto afirmar-se que:
a) em Ruanda, ao
processo de independência, conquistada em 1962, seguiu-se a criação de um
governo de coalizão popular que, apoiado por investimentos ocidentais,
extinguiu as rivalidades étnicas e as guerras tribais.
b) em Angola, a
prolongada guerra civil após a independência, em 1975, provocou a intervenção
da ONU no conflito, com a participação de soldados brasileiros, cujo objetivo é
desarmar a guerrilha e auxiliar na reconstrução do país.
c) em Moçambique, que
alcançou a independência em 1975, o movimento guerrilheiro de inspiração
socialista FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), apoiado pela União
Soviética, conquistou a gestão das regiões auríferas da Rodésia.
d) na Argélia,
independente em 1962, após o fracasso das tentativas de estabelecimento da
democracia com as recentes eleições, ocorreu o golpe de estado dos
fundamentalistas muçulmanos.
e) na Namíbia, a
fraqueza política e econômica dos governos posteriores à independência,
ocorrida em 1990, facilitou a invasão militar, com a anexação de seu território
pela África do Sul.
20. (Ufes) O presidente sul-africano ficou surpreso ao
saber que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala
uma só língua e se pratica o sincretismo religioso.
("O
Globo" - 23/7/98)
O texto se refere à visita ao Brasil do presidente
sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas
enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à
Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de
"apartheid", que consistia no(a)
a) resistência
pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo
religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros,
impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da
igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde
que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo
oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e
garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento
obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do
dialeto africano nas empresas estrangeiras.
GABRITO: 1.C 2.C 3.B 4.C 5.E 6.D 7. E 8.A
9.E 10.A 11.B 12.D 13.C 14.D 15.A 16.B
17.E 18.B 19.B 20.D
Nenhum comentário:
Postar um comentário