IDADE MÉDIA

BAIXA IDADE MÉDIA

CARACTERÍSTICAS:
• transformações na sociedade feudal: início da crise do feudalismo.
+ início da superação das estruturas feudais.
+ progressiva estruturação de um novo modo de produção, o capitalismo.
+ surgimento de uma economia comercial: dinamismo comercial.
+ surgimento de um novo grupo social, a burguesia.
+ centralização do poder real.
+ declínio do modo de produção servil.
+ desenvolvimento do trabalho livre (relações assalariadas).
+ economia monetária.
+ estruturação das monarquias nacionais feudais.
+ produção de excedentes para serem comercializados.
+ iniciaram-se as mudanças na Europa Ocidental que, a seguir, desencadearam o processo de montagem do sistema capitalista.
+ a articulação entre as três “esferas” de poder (universal, da Igreja; local, dos senhores feudais; e, nacional, dos reis) é um dos traços políticos distintivos da Baixa Idade Média. Em seu período final, esta articulação se dará em prejuízo dos poderes locais e do poder universal do papa e em benefício do poder do Estado-Nação (rei).
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO:
• Motivos: o fim das invasões e a diminuição das epidemias.
• produção limitada: tributação e técnicas rudimentares • não atendia ao consumo.
• marginalização social: expulsão do excedente populacional do feudo.
- ocupação das aldeias e cidades.
- saques.
- batalhas feudais: belicosidade.
- Paz de Deus: proteção aos lavradores, viajantes e mulheres.
- Trégua de Deus: limitava os dias de combate no ano e proibia os combates de sexta a segunda-feira e em dias de festa.
• aperfeiçoamento das técnicas agrícolas: arado de ferro, atrelamento peitoral , ferraduras, moinho hidráulico, charrua.
• expansão dos limites do espaço agrícola: pastos e bosques • expansão agrícola.
• expansão territorial: expansão germânica para o leste, Guerra de Reconquista e Cruzadas.
CONSEQUENCIAS:
Renascimento Urbano e Comercial
Rotas comerciais européias Norte (Flandres), Centro (Feiras de Champagne) ao Sul (Cidades italianas)
As Cruzadas
A Guerra dos Cem anos
Queda de Constantinopla (1453).

EXERCÍCIOS BAIXA IDADE MÉDIA


1) (FUVEST) As cidades medievais:
a) não diferiam das cidades greco-romanas, uma vez que ambas eram, em primeiro lugar, centros político-administrativos e local de residência das classes proprietárias rurais e, secundariamente, também centro de comércio e manufatura.
b) não diferiam das cidades da época moderna, uma vez que ambas, além de serem cercadas por grossas muralhas, eram, ao mesmo tempo, centros de comércio e manufatura e de poder, isto é, politicamente autônomas.
c) diferiam das cidades de todas as épocas e lugares, pois o que se definia era, precisamente, o fato de serem espaços fortificados, construídos para abrigarem a população rural durante as guerras feudais.
d) diferentemente de suas antecessoras greco-romanas eram principalmente centro de comércio e manufatura e, diferentemente de suas sucessoras modernas, eram independentes politicamente, dominando um entorno rural que lhes garantia o abastecimento.
e) eram separadas da economia feudal, pois sendo esta incapaz de gerar qualquer excedente de produção, obrigava-as a importar alimentos e a exportar manufaturas fora do mundo feudal, daí a importância estratégica do comércio na Idade Média.

2) (FAAP) "A fim de que meus escritos não pereçam juntamente com o autor, e este trabalho não seja destruído... ... deixo meu pergaminho para ser continuado, caso algum dos membros da raça de Adão possa sobreviver à morte e queira continuar o trabalho por mim iniciado."
O texto foi escrito por um monge irlandês do século XIV e desperta dúvidas num homem culto da época sobre a possibilidade de alguém sobreviver, certamente devido a:
a) gripe espanhola
b) peste negra
c) descobrimentos marítimos
d) guerra luso-espanhola
e) conflito euro-asiático

 3) (UNESP) A Baixa Idade Média tem sua importância ligada à dissolução de um modo de produção e o início da longa fase de transição que levará ao desenvolvimento de um outro. Assinale a alternativa diretamente relacionada com a crise e a desagregação do sistema feudal:
a) Condenação do modo de produção feudal pela Igreja Católica Apostólica Romana.
b) Declínio do comércio a longa distância, florescimento da pequena indústria e enfraquecimento do poder central dos monarcas.
c) Equilíbrio entre o ritmo da produção e do consumo.
d) Exigências senhoriais sobrecarregando os camponeses e a substituição de obrigações antigas por contratos de arrendamento da terra e por pagamento em dinheiro.
e) Predomínio do modo assalariado de trabalho acarretando, em curto prazo, mudanças profundas na Europa Oriental.

4) (FUVEST) As Cruzadas representaram para a sociedade feudal:
a) uma aventura militar que levou a Cristandade a perder importantes territórios e a conhecer a Peste Negra.
b) uma saída para o excedente populacional e a satisfação da necessidade espiritual da peregrinação a Jerusalém.
c) um movimento nobiliárquico que ao reforçar o feudalismo atrasou a centralização política em dois séculos.
d) um reforço importante no prestígio da Ordem Dominicana, que as idealizou, organizou, financiou e, teoricamente, comandou.
e) uma abertura para o exterior, responsável pela entrada na Europa de elementos da cultura clássica, como o gótico e a escolástica. 

5) (UEL) Uma das consequências das Cruzadas foi a consolidação do renascimento comercial europeu, ao
a) interromper a expansão dos francos do Norte da Europa e ao impedir que o comércio ficasse monopolizado pelas cidades de Antuérpia e Amsterdã.
b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir o domínio do comércio pelas cidades italianas, na região, principalmente Gênova e Veneza.
c) estender o controle comercial do pontificado romano a todo o continente, favorecendo as cidades de Flandres e Champagne.
d) possibilitar a apropriação pelos mercadores europeus dos centros comerciais dominados pelos bretões e florentinos.
e) generalizar o comércio baseado na troca direta, herdado dos povos germanos e saxões. 

6) Sobre a religiosidade medieval, é correto afirmar:
a) Com o fim do Império Romano, o Cristianismo, até então perseguido, difundiu-se pela Europa, sendo seus adeptos liberados dos impostos pagos pelos idólatras.
b) A prática da bruxaria, então disseminada nos meios clericais, provocou a reação dos crentes e a Revolução Protestante, levando à renovação da experiência cristã.
c) O ateísmo foi combatido duramente pela inquisição, tendo como conseqüência o desaparecimento dos descrentes até o século XVIII.
d) A experiência da reclusão foi bastante característica na vida religiosa do período medieval, sobressaindo-se a ordem beneditina, fundada sobre o princípio da vida dedicada à oração e ao trabalho.
e) A ativa participação dos leigos na instituição eclesiástica, assim como uma tendência ao enfraquecimento da hierarquia dessa, podem ser apontadas como características do período. 

7) (FGV) "A palavra 'servo' vem de 'servus' (latim), que significa 'escravo'. No período medieval, esse termo adquiriu um novo sentido, passando a designar a categoria social dos homens não livres, ou seja, dependentes de um senhor. (...) A condição servil era marcada por um conjunto de direitos senhoriais ou, do ponto de vista dos servos, de obrigações servis."
    (Luiz Koshiba, "História: origens, estruturas e processos")

Assinale a alternativa que caracterize corretamente uma dessas obrigações servis.
a) Dízimo era um imposto pago por todos os servos para o senhor feudal custear as despesas de proteção do feudo.
b) Talha era a cobrança pelo uso da terra e dos equipamentos do feudo e não podia ser paga com mercadorias e sim com moeda.
c) Mão morta era um tributo anual e per capita, que recaía apenas sobre o baixo clero, os vilões e os cavaleiros.
d) Corvéia foi um tributo aplicado apenas no período decadente do feudalismo e que recaía sobre os servos mais velhos.
e) Banalidades eram o pagamento de taxas pelo uso das instalações pertencentes ao senhor feudal, como o moinho e o forno. 

8) Na sociedade medieval, vigorava uma ideologia que considerava as mulheres inferiores aos homens, resultando em um cotidiano marcado pela hegemonia da autoridade masculina. Ainda que a Igreja pregasse que homens e mulheres eram objetos do amor de Deus, não eram poucos os religiosos que percebiam as mulheres como agentes do demônio.
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre a cultura e a sociedade européias, no período classicamente conhecido como Idade Média.
a) As mulheres eram consideradas inferiores aos homens por serem incapazes de trabalhar com as técnicas tradicionais de cura por meio do uso de plantas medicinais.
b) A mentalidade era profundamente marcada pelo ideário católico, que preconizava, inclusive, o papel que homens e mulheres deveriam desempenhar na sociedade.
c) A submissão feminina à autoridade masculina caracterizou a sociedade daquele tempo como uma organização tipicamente matriarcal.
d) A mulher, ainda que posta em uma condição submissa em relação ao homem, tinha grande poder e influência sobre a Igreja Católica.
e) A condição feminina era fruto da grande influência que o racionalismo científico exercia sobre a cultura daquele período. 

9) (UFPI) Sobre a cultura na Idade Média, é correto afirmar que:
a) as primeiras universidades européias foram criadas nesse período, sendo as mais antigas localizadas na atual Itália.
b) a escolástica foi a doutrina filosófica que negou as explicações religiosas e ajudou a aprofundar os conhecimentos do mundo natural.
c) o românico e o gótico foram os estilos arquitetônicos presentes em todo o período e predominaram nas construções não-religiosas.
d) as bibliotecas, entre as quais as da Igreja, foram destruídas durante as invasões germânicas, o que impediu qualquer forma de estudo aprofundado no período.
e) a Igreja efetuou a eliminação de todos os traços da herança greco-romana, inexistindo o estudo do direito formal, pois todos os comportamentos eram ditados pelo costume. 

10) (ENEM2006) Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem sepultura.
    J. F. Michaud. "História das cruzadas". São Paulo: Editora das Américas, 1956 (com adaptações).

Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso; seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas.
*franj = cruzados.
    Amin Maalouf. "As Cruzadas vistas pelos árabes". 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com adaptações).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das Cruzadas.

I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no período medieval -, mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período histórico.
II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários.
III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na idéia do respeito e da tolerância cultural e religiosa.

É correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III. 




GABARITO: 1D - 2B - 3D - 4B - 5B - 6D - 7E - 8B -9A - 10D






ALTA IDADE MÉDIA


FEUDALISMO

CONCEITO:
- Modo de Produção que vigorou na Europa Ocidental durante a Idade Média e que se caracteriza pelas relações servis de produção.
ORIGENS:
• Romanas:
- Clientela: relação de dependência pessoal entre indivíduos.
- Colonato: fixação do colono a terra.
- Precarium: entrega de terras a um grande senhor em troca de proteção.
- Vilas: unidades econômicas (grandes propriedades agrárias).
• Germânicas:
- Economia agropastoril.
- Comitatus: relações de fidelidade entre o chefe e seus guerreiros.
- Beneficium: concessões de terras em troca de fidelidade.
descentralização política.
ECONOMIA:
- agrária e rural.
- auto-suficiente.
- feudo: unidade de produção • propriedade feudal ou senhorial.
- pouco uso de moeda.
- comércio reduzido • localizado.
- baixo nível técnico.
- sistema trienal de rotação de culturas: preservação do solo.
SOCIEDADE:
• estamental, hierarquizada, estratificada e clerical.
* Clero: membros da Igreja • rezar • controlador da ideologia medieval.
* Nobreza: posse territorial • combater • cavalaria (honra, desprendimento e destreza, lealdade e heroísmo) • controlava o poder feudal.
* Servos: camponeses • presos (vinculados, ligados) a terra, explorados, obrigados a prestar serviços (trabalhar) e pagar impostos em troca do uso da terra e de proteção militar.
POLÍTICA:
* Descentralização política: fragmentação do poder em função do parcelamento das terras.
- particularismos feudais: senhores feudais • poder.
- o rei exercia pouca influência.
- guerras contínuas: invasões e disputas pelo poder.
- direito de governar era um privilegio de todo possuidor de feudo, implicando este privilégio obrigações muito definidas, cuja violação podia acarretar a perda do feudo.
- direito consuetudinário.
- Monarquias Feudais: poder particularizado, laços de dependência pessoal, caráter simbólico do poder real e fragmentação político-territorial.
A DIVISÃO DO FEUDO: Mansos ou reservas.
• Manso senhorial (domínio): uso exclusivo do senhor feudal.
• Manso servil: arrendada aos servos e dividida em tenências.
• Manso comunal: terras comuns (pastos, bosques, florestas).
OBRIGAÇÕES SERVIS: relações servis.
- relações de exploração e dependência • senhores e servos.
• corvéia: dias de trabalho semanal gratuito dos servos no manso senhorial • a produção era do senhor feudal.
• talha: divisão da produção servil no manso servil.
• banalidades: taxas pagas pelos servos pela utilização das instalações do feudo (celeiro, moinho, forno).
• capitação: imposto pago por cada servo individualmente.
• tostão de Pedro: imposto pago para manter a capela.
• mão-morta: imposto pago para transferir o lote de um servo falecido para seus herdeiros.
• formariage: taxa paga para se casar.
• albergagem: alojamento e produtos para os senhores em viagem.
RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS: relações vassálicas.
- relações de dependência pessoal e de obrigações recíprocas.
- suserania e vassalagem: nobre e nobre.
- suserano: doava a terra (beneficium) • proteção.
- vassalo: recebe a terra • fidelidade, auxílio nas guerras, pagamento de resgate.
- homenagem (cerimônia): juramento de fidelidade.
- ajuda (auxilium) e consulta (consilium) mútuas.
A IGREJA:
• Teocentrismo Cristão.
- maior instituição medieval.
- poder e riqueza.
- organização hierárquica.
- herança cultural greco-romana.
- hegemonia ideológica.
- cultura teocêntrica.
- justificava a ordem feudal.


                                                             O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE:
* Constantinopla: edificada no local da antiga colônia grega de Bizâncio.
A manutenção do Império Romano do Oriente deve-se à preservação de Constantinopla como um dos terminais das rotas de caravanas provenientes da Ásia.
Privilegiada localização geográfica em termos de segurança e posição estratégica do ponto de vista comercial.
ECONOMIA:
Comércio marítimo.
Produção agrícola: latifúndios e trabalho de colonos livres ou escravos.
Economia sob o controle do Estado.
POLÍTICA:
Monarquia despótica, centralizada e teocêntrica.
O imperador comandava o exército e a Igreja. CESAROPAPISMO
Burocracia.
SOCIEDADE:
Urbana.
Interesse por problemas religiosos.
GOVERNO DE JUSTINIANO:
Expansionismo militar e territorial
Conquista do Norte da África, da Península Itálica e da Península Ibérica.
Efêmeras devido à expansão árabe.
· Revolta de Nika
Movimento popular contra o imperador Justiniano.
Motivos: a burocracia centralizada, os pesados impostos e os gastos militares.
Foi violentamente reprimida.
· Arquitetura
Igreja de Santa Sofia.
Monumentalidade: poder do Estado e força da Igreja.
· Cesaropapismo
A supremacia do imperador sobre a Igreja.
· Heresias
Questionamento dos dogmas da doutrina cristã.
Monofisistas: Cristo teria apenas a natureza divina e negavam a Santíssima Trindade.
Iconoclastas: destruição de imagens religiosas.
· Código do Direito Civil
+ Corpus Juris Civilis
Compilação do Direito romano dividido em 4 partes.
Código: conjunto de leis romanas.
Digesto: comentários dos juristas a essas leis.
Institutas: princípios fundamentais do Direito romano.
Novelas: novas leis de Justiniano.
Defendia os privilégios dos nobres e marginalizava a massa popular.
Princípios: justiça e direitos individuais.
CULTURA:
Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
Propagação da cultura greco-romana.
Utilização das artes em geral para exaltar ideais religiosos.
Combinação de elementos culturais do Oriente e do Ocidente.
CONQUISTA:
- A tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos , em 1453, marcou o fim do Império Bizantino.


CIVILIZAÇÃO ÁRABE
MEIO FÍSICO-GEOGRÁFICO:
- Península Arábica.
- região desértica.
- no interior: oásis.
- no litoral (regiões do Iêmem e Hedjaz) • cidades: Meca e Iatreb.
POVOS:
- divididos em tribos: a fragmentação política deve-se, apesar da Caaba, da língua e da cultura em comum, as constantes guerras entre as tribos.
• Beduínos:
- tribos do deserto (interior): árabes do deserto.
- nômades.
- viviam nos oásis.
- praticavam o pastoreio, agricultura rudimentar e saques (razzias) • butim.
- politeístas
- peregrinavam todos os anos a Meca para visitar a Caaba (templo) e praticar o comércio.
- chefe das tribos: xeques (sheiks).
• Coraixitas:
- tribos urbanas (cidades): árabes das cidades.
- sedentários.
- controlavam o templo e o comércio.
- Meca: centro religioso e comercial.
MAOMÉ:
- membro de um ramo pobre dos coraixitas, os haxemitas: Meca.
- órfão, foi criado no deserto.
- casou-se com uma viúva proprietária de caravanas de camelos.
- viagens pelo oriente: contato com religiões monoteístas (judaísmo e o cristianismo).
- elaboração de uma nova doutrina religiosa: o Islamismo.
- pregação da nova doutrina em Meca: condenava o politeísmo e a idolatria a Caaba • incomodou e ameaçou o domínio dos coraixitas.
- Hégira (622): fuga de Maomé de Meca para Iatreb (Medina) • marca o inicio do calendário árabe.
- conversão dos parentes, dos habitantes de Medina e dos beduínos.
- conquista Meca em 630: unificação política e religiosa • centralização política • Estado árabe teocrático • califas • preservação da Caaba e da pedra negra e destruição das imagens dos deuses.
O ISLAMISMO:
- Islão: submissão a Alá.
- Muslim: aquele que se submete a Alá.
• Livro sagrado: Alcorão: doutrina religiosa, código de moral e justiça, normas de comportamento social.
• Doutrina:
- crença em um único Deus: Alá.
- orar.
- peregrinação (Hajj).
- jejuar: mês de Ramada (julho).
- dar esmolas.
- guardar as sextas-feiras.
• Djihad (guerra santa) • conversão e expansão.
A EXPANSÃO MUÇULMANA:
- fulminante.
+ Fatores:
- atendia aos interesses dos comerciantes.
- pressão demográfica.
- falta de recursos do território árabe
- o ideal de guerra santa.
- o interesse no butim.
• Dinastia Haxemita:
- parentes de Maomé controlam o poder após sua morte (632).
- conquista de territórios bizantinos e persas (oriente).
• Dinastia Omíada:
- conquista do Norte da África, controle do Mediterrâneo e conquista da Península Ibérica.
- capital: Damasco.
- influências dos costumes persas na administração: vizir.
• Dinastia Abássida:
- capital: Bagdá.
- avanço para o extremo oriente: Paquistão, Índia.
- inicio da decadência.
- conflitos políticos e religiosos • divisões • califados independentes • Califado de Córdoba, Califado de Bagdá e Califado do Cairo.
SEITAS ISLÂMICAS:
• Xiitas: Estado absoluto, chefe descendente de Maomé e Corão como fonte de ensinamento.
• Fundamentalistas: Lei Islâmica (Sharia).
• Sunitas: chefe eleito pelos crentes e defendiam o Suna.
CONQUISTA:
- em 1258, os tártaros mongóis conquistam Bagdá.
CULTURA:
- fusão de elementos culturais diversos, servindo como ponte de ligação entre o Oriente e o Ocidente.
- cultura original.
- arquitetura: palácios e mesquitas, minaretes.
- arabescos.
- literatura: “O Livro dos Reis” (Al-Firdausi), “Rubayyat” (Omar Khayyam), “As Mil e Uma Noites”.
- matemática: os números indo-arábicos, trigonometria, álgebra.
- física: refração da luz e ótica.
- química: carbonato de sódio, nitrato de prata, ácido nítrico, ácido sulfúrico, álcool, destilação, sublimação, filtração.
- medicina: tuberculose, sarampo • Avicena: Cânon.
- história: Ibn-Kaldun • importância dos fatores materiais no processo histórico.
- filosofia: preservação do pensamento aristotélico e platônico • Averróis.
- difusão da bússola, pólvora, papel: invenções chinesas.
- difusão dos algarismos hindu-arábicos: criação hindu.
- os árabes também podem ser chamados de mouros, sarracenos ou muçulmanos.
- capacidade de assimilação e sistematização de conhecimentos.


EXERCÍCIOS ALTA IDADE MÉDIA

1) "O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada.  Em certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações.  Ora, entre as causas que contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram completamente estranhas à evolução interior das sociedades européias."
     
        (Marc Bloch, A SOCIEDADE FEUDAL)

O texto refere-se:

a) às invasões dos turcos, lombardos e mongóis que a Europa sofreu nos séculos IX e X, depois do esfacelamento do Império Carolíngio.
b) às invasões prolongadas e devastadoras dos sarracenos, húngaros e vikings na Europa, nos séculos IX e X (ao Sul, Leste e Norte respectivamente), depois do esfacelamento do Império Carolíngio.
c) às lutas entre camponeses e senhores no campo e entre trabalhadores e burgueses nas cidades, impedindo qualquer estabilidade social e política.
d) aos tumultos e perturbações provocadas pelas constantes fomes, pestes e rebeliões que assolavam as áreas mais densamente povoadas da Europa.
e) à combinação de fatores externos (invasões e introdução de novas doutrinas e heresias) e internos (escassez de alimentos e revoltas urbanas e rurais).

2) "Na sociedade feudal, o vínculo humano característico foi o elo entre subordinado e o chefe mais próximo. De escalão em escalão os nós assim formados uniam, tal como se tratasse de cadeias infinitamente ramificadas, os mais pequenos aos maiores. A própria terra só parecia ser uma riqueza tão preciosa por permitir obter 'homens' remunerando-os."
        (Marc Bloch, "A SOCIEDADE FEUDAL")

O texto descreve a:

a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica.
b) relação de tipo comunitário dos camponeses.
c) relação de suserania e vassalagem.
d) hierarquia nas Corporações de Ofício.
e) organização política das cidades medievais. 

3) Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer:
a) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado teocrático islâmico.
b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.
c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
d) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo.
e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros. 

4) A batalha de Poitiers (732) é um dos momentos cruciais da evolução política da Europa, pois
a) terminou com a influência que o Império de Bizâncio exercia sobre a cultura da França.
b) deteve a expansão das forças muçulmanas, graças à enérgica ação de Carlos Martel.
c) representou a derrota naval dos turcos que ameaçavam a primazia militar de Roma.
d) significou o fim da influência dos governantes merovíngios, com a implantação do feudalismo.
e) unificou a Gália Cisalpina, que passou a ser governada pelos Carolíngios impostos pela Igreja. 

5) Maomé criou para os árabes
a) uma nova forma de organização política, que se utilizava de mecanismos rudes e cruéis no tratamento com os povos conquistados.
b) um Estado muçulmano de caráter autocrático, que se estruturou com as conquistas realizadas na Inglaterra e Escócia.
c) uma nova forma de organização política e social, cujos laços de união baseavam-se na identidade religiosa e não no parentesco.
d) um Estado muçulmano cuja direção do Governo era exercida pelo condestável.
e) um Estado muçulmano cuja sede, no período da Dinastia dos Omíadas, foi transferida para Bagdá. 

6)  Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa Ocidental durante o período medieval, é correto afirmar que:
(01) Deus ocupava o centro de todas as coisas, condicionando pensamento e ação dos homens.
(02) A história dos homens consistia numa marcha do povo de Deus em direção a Ele, cabendo à Igreja o papel de guia.
(04) A relação entre o senhor e seus vassalos era de dependência pessoal, ou seja, de homem a homem.
(08) Nas atividades econômicas, a influência da Igreja impôs princípios que condenavam a especulação e a usura, bem como gerou a idéia de justo preço.
(16) O dinamismo da economia feudal se fundamentava na concepção de que o comércio era o único gerador de riquezas.
soma = (    )

7) Em relação à organização social da Idade Média, pode-se afirmar:
(01) A utilização em grande escala da mão-de-obra escrava, no Império Romano, modificou as condições de trabalho dos camponeses, motivando a ampliação das obrigações do Estado, em decorrência do crescimento demográfico das áreas urbanas.
(02) A pregação religiosa de Maomé atraiu significativamente os árabes pobres, que a utilizaram como motivação para uma guerra civil contra os mercadores judeus da Arábia.
(04) A estrutura agrícola da sociedade feudal fundamentou-se na grande concentração de terras e no trabalho servil.
(08) A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da livre iniciativa dos banqueiros, artesãos e comerciantes e era regulada por uma rígida divisão social, nas relações de trabalho, definida pelo Estado.
(16) A Igreja, no período medieval, tentou mostrar a harmonia da sociedade, formulando o princípio das "três ordens", segundo o qual todos eram iguais, porque recebiam uma missão de Deus e a cumpriam de forma fraterna.

Soma (          ) 

8) "O  modo de produção feudal, que se desenvolve e atinge seu apogeu na Alta Idade Média, é caracterizado essencialmente pela existência das relações servis de produção..."

Assinale a alternativa que se identifica com a fonte de poder e riqueza no modo de produção a que o texto se refere.

a) " ... Deus quis que, entre os homens, houvesse soluta igualdade..."
b) " ... os acontecimentos provam o julgamento de Deus sobre nós..."
c) " ... a luta social desaparece quando os homem vivem em comunhão..."
d) " ... não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor..."
e) " ... quando Adão cavava a terra e Eva fiava, onde estavam os senhores... " 

9) Após a morte de Carlos Magno, o Império Carolíngio conheceu a decadência, motivada pelas disputas territoriais entre seus herdeiros e amenizadas com o Tratado de Verdum, que dividia o Império entre Carlos, O Calvo; Luís, o Germânico e Lotário.
O Tratado de Verdum teve como conseqüências:

a) o fortalecimento do poder eclesiástico sobre os nobres.
b) o fortalecimento do poder local da nobreza feudal, diminuindo o poder central do rei.
c) o fortalecimento da autoridade dos monarcas.
d) a reorganização do Império Romano.
e) o poder dos imperadores bizantinos sobre o Ocidente. 

10) Durante muito tempo desconhecidos na Europa medieval, os textos de Aristóteles se difundiram a partir do século XII. Suas obras chegaram ao ocidente europeu por intermédio
a) de manuscritos gregos, preservados na Biblioteca do Vaticano e, durante longo tempo, mantidos em segredo pela Igreja.
b) dos monges beneditinos da Europa continental, que preservaram a cultura clássica em seus mosteiros.
c) de sacerdotes bizantinos, que freqüentavam as cortes reais da Europa e as grandes cidades do Ocidente.
d) dos centros de cultura muçulmanos, sobretudo da península Ibérica, cujos manuscritos, em árabe, foram traduzidos para o latim.
e) dos venezianas e cavaleiros de França, que atacaram Constantinopla em 1204 e de lá trouxeram os manuscritos originais. 

GABARITO
1B- 2C- 3D- 4B- 5C- 6(15)- 7(20)- 8D- 9B- 10D.